Revelado nas categorias de base do Corinthians em 1980, foi emprestado a
Caldense (MG) em 1981 após um desentendimento com o técnico. Retornou
ao Corinthians em 1982 para ser consagrado como um dos maiores jogadores
do Timão.
Sempre muito raçudo, inteligente e oportunista, Casagrande logo em sua
estréia anotou 4 gols na vitória de 5x1 do Corinthians sobre o Guará
(DF).
Graças ao entrosamento - dentro e fora de campo - com o doutor Sócrates,
Casagrande se tornou fundamental nos anos em que atuou pelo Corinthians
e na conquista do bi-paulista de 1982/83 e na tão famosa “Democracia
Corinthiana”, sendo peça fundamental do movimento que lutou pela
democracia no país.
Devido ao grande destaque dentro de campo, Casagrande foi convocado pra
seleção brasileira que foi a copa de 1986 e logo depois, negociado com
times europeus.
Após rodar a Europa, Casagrande voltou ao Brasil, mais precisamente, pro
Flamengo (RJ). E foi graças a essa sua volta ao Flamengo que Casagrande
pode sentir de perto o quanto era amado e idolatrado pela torcida do
Corinthians. Em uma tarde de domingo no Pacaembu
em 1993, ao entrar em campo com a camisa rubro-negra, Casão ouviu a
arquibancada em peso cantando “Volta Casão, seu lugar é no Timão!” e
“Doutor, eu não me engano. O Casagrande é Corinthiano!”. Ao ser
entrevistado após o jogo, Casagrande confessou que esperava ser xingado e
até vaiado, mas nunca receber aquela homenagem e que isso o derrubou
psicologicamente e não conseguiu ter uma grande atuação.
Depois de toda essa demonstração de amor e carinho não teve outro
caminho a não ser o seu retorno ao Parque São Jorge no ano de 1994, onde
pode ainda anotar alguns gols e ultrapassar a marca dos 100 vestindo a
camisa do Corinthians e deixando claro que por mais que tenha rodado o
mundo e que tenha sido ídolo de outras torcidas, o coração do Casão
sempre foi corinthiano!
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